Sugar Ray Robinson: história, altura, peso, idade, património

Breve resumo do artigo

Ponto-chave	Detalhes
Lenda do boxe	Sugar Ray Robinson, também conhecido por Walker Smith Jr.
Uma carreira incrível	200 combates, 173 vitórias, 109 KOs
Tamanho e peso	1,80 m, 72 kg
Impacto duradouro	Inspiração para o boxe moderno e para a cultura popular
Património	Ainda hoje é considerado um dos maiores

Se alguma vez ouviu falar de boxe, é provável que o nome Sugar Ray Robinson lhe tenha vindo à cabeça. E se não, prepare-se para conhecer um dos maiores pugilistas de todos os tempos. Ele não era apenas um lutador, mas uma figura icónica que redefiniu o significado de ser um campeão. Do seu estilo único à sua complexa vida fora do ringue, está na altura de mergulhar na vida de um homem que mudou literalmente a face do boxe. Aperta as luvas, vamos lá!

Quem era Sugar Ray Robinson?

Sugar Ray Robinson, nascido como Walker Smith Jr. em 3 de maio de 1921 em Ailey, Geórgia, é o exemplo perfeito da ascensão de um homem através do boxe. A sua carreira começou de forma modesta, numa América atormentada pela segregação e pela desigualdade social. Desde muito cedo, Robinson descobriu a paixão pelo boxe, um desporto que, na época, era não só um meio de ganhar a vida, mas também um escape às duras realidades da vida. Com apenas 14 anos, entrou clandestinamente no mundo do boxe amador, usando o bilhete de identidade de um amigo chamado Ray Robinson. Assim nasceu o nome "Sugar Ray Robinson", um nome que se tornaria sinónimo de grandeza.

A alcunha de "Sugar" foi-lhe dada por um jornalista que, depois de assistir a um dos seus primeiros combates, disse que o seu estilo era "doce como o açúcar". E era exatamente isso que ele era. Robinson não era apenas um pugilista; era um artista no ringue, capaz de se mover com uma graça que fazia parecer que estava a dançar mais do que a lutar. Mas não se enganem: por detrás desta aparente leveza, escondia-se um poder devastador, um murro capaz de fazer desistir os adversários mais duros. De facto, subiu rapidamente na hierarquia, tornando-se uma força a ter em conta na divisão de pesos médios antes de dominar os pesos médios. Sugar Ray Robinson era a excelência encarnada, uma mistura perfeita de velocidade, técnica e potência.

A carreira fenomenal de Sugar Ray Robinson

Não há outra palavra para descrever a carreira de Sugar Ray Robinson: fenomenal. Imagine um pugilista que luta mais de 200 vezes, com uma impressionante taxa de vitórias de 173 combates ganhos, incluindo 109 por KO. Sim, leu bem, 109 KOs. É um número impressionante e que mostra o impacto que Robinson tem nos seus adversários. Mas não se trata apenas de números. O que torna a carreira de Robinson tão impressionante é a forma como ele lutava. Sempre que entrava no ringue, era um espetáculo. Ele deixava-nos pensar que estava a ir numa direção e, de repente, virava-se, desferindo um golpe onde menos se esperava.

Não havia dois combates de Robinson iguais. Ele sabia como se adaptar aos seus adversários, estudar os seus pontos fortes e fracos e depois explorar a mais pequena falha com precisão cirúrgica. Robinson também fez história como o primeiro pugilista a conquistar o título mundial em duas categorias de peso diferentes, passando do meio-médio para o médio com uma facilidade desconcertante. Mas o seu impacto não pode ser medido apenas em termos de títulos. Robinson enfrentou alguns dos maiores nomes da sua época, de Jake LaMotta a Gene Fullmer, e cada um desses combates ficou gravado nos anais do boxe.

Entre as suas rivalidades mais famosas, a com Jake LaMotta é, sem dúvida, a mais memorável. Os dois homens lutaram seis vezes, e cada combate era mais intenso do que o anterior. LaMotta, conhecido pela sua dureza e estilo agressivo, parecia ser o adversário perfeito para testar os limites de Robinson. Mas de cada vez, Robinson encontrava a chave para a vitória, mesmo quando parecia que estava prestes a desistir. Foi esta capacidade de se levantar e triunfar, mesmo perante a adversidade, que fez de Robinson uma lenda viva.

Altura, peso e idade de Sugar Ray Robinson

Quando pensamos em Sugar Ray Robinson, é frequente imaginarmos um colosso, um gigante dos ringues. Mas, na realidade, Robinson tinha 1,80 metros de altura, uma altura bastante normal para um pugilista, especialmente na altura. O que o tornava único não era apenas a sua altura ou peso, mas a forma como usava cada centímetro e cada quilo para dominar os seus adversários. Com um peso de combate geralmente a rondar os 72 kg, Robinson estava na categoria de peso médio. Mas não se deixem enganar por estes números. Cada grama do seu corpo era pura dinamite.

O que distinguia Robinson era a sua capacidade de se movimentar com uma leveza surpreendente para a sua classe. Tinha uma velocidade de mãos e pés que raramente se encontrava em pugilistas do seu tamanho. O seu trabalho de pés era tão fluido que ele parecia deslizar pelo ringue, evitando socos com uma facilidade desconcertante enquanto preparava os seus próprios ataques. Numa idade em que os outros pugilistas começavam a abrandar, Robinson continuou a aperfeiçoar a sua arte, permanecendo uma ameaça para qualquer um que se atrevesse a enfrentá-lo.

Também é interessante notar que Robinson nunca foi obcecado por dietas ou pela preparação física extrema que se vê em alguns dos pugilistas actuais. A sua abordagem era mais natural, mais intuitiva. Ele sabia ouvir o seu corpo, perceber quando estava pronto para lutar e quando precisava de descansar. Foi esta sabedoria, combinada com um talento natural incrível, que lhe permitiu manter-se no topo do seu jogo durante tanto tempo. Robinson lutou até aos 44 anos, um feito em si mesmo num desporto tão exigente como o boxe.

A fortuna de Sugar Ray Robinson

Falemos agora de dinheiro, porque sim, até as lendas do boxe precisam de encher as suas contas bancárias. No seu apogeu, Sugar Ray Robinson foi um dos atletas mais bem pagos do seu tempo. Tinha um estilo extravagante, tanto dentro como fora do ringue, e isso atraía as multidões. Os seus combates vendiam-se como pão quente e ele não hesitava em negociar honorários à altura do seu talento. Robinson era conhecido pelo seu gosto pelo luxo. Possuía vários carros, tinha fatos feitos à medida e frequentava os melhores clubes de jazz de Nova Iorque. Em suma, era uma verdadeira estrela e não apenas um desportista.

Mas, tal como muitos atletas do seu tempo, Robinson nem sempre fez as escolhas financeiras corretas. Investiu em negócios que se revelaram um fracasso e os seus gastos sumptuosos acabaram por cavar um buraco na sua vida. riqueza. A certa altura, teve mesmo de regressar ao ringue para pagar as suas dívidas, lutando quando já tinha ultrapassado o seu auge. Esta faceta da sua vida mostra que mesmo os maiores não estão imunes a más decisões e que a glória pode, por vezes, ser efémera.

Apesar disso, é importante reconhecer que Robinson sempre foi capaz de dar a volta por cima. A sua determinação e o seu amor pelo boxe ajudaram-no a ultrapassar estes desafios financeiros. Apesar de a sua fortuna ter oscilado ao longo da vida, o seu legado como pugilista permanece intacto, sem preço. Robinson não era apenas rico em dinheiro, era também rico em respeito, admiração e influência. E isso é algo que o dinheiro não pode comprar.

Destaques da sua carreira

Quando se trata de momentos marcantes na carreira de Sugar Ray Robinson, há tantos que é difícil saber por onde começar. Mas se há um combate que resume na perfeição a grandeza de Robinson, é o seu sexto combate com Jake LaMotta, apelidado de "O Massacre do Dia de S. Valentim". Este combate, que teve lugar a 14 de fevereiro de 1951, entrou para a história não só pela sua intensidade, mas também pelo que revelou sobre Robinson como lutador. LaMotta, apelidado de "The Raging Bull", era conhecido pela sua incrível resistência. Aguentava murros que poucos conseguiam suportar e tinha um estilo de luta agressivo que pressionava os adversários desde o primeiro assalto.

Robinson, por outro lado, tem um estilo mais técnico e ponderado. Neste combate, vimos Robinson aplicar uma estratégia quase perfeita, combinando esquivas, contra-ataques e uma gestão impecável da sua energia. Ronda após ronda, ele vai desgastando LaMotta, até este ficar literalmente exausto, incapaz de se defender corretamente. No final do 13º assalto, o árbitro terminou o combate, dando a Robinson a vitória por nocaute técnico. Este combate é recordado como um dos maiores da história do boxe, não só pela atuação de Robinson, mas também pela intensidade dramática que proporcionou.

Mas esse é apenas um dos muitos momentos que definiram a carreira de Robinson. Houve também a sua vitória sobre Gene Fullmer em 1957, quando recuperou o título de peso médio com um gancho de esquerda perfeito que atirou Fullmer ao tapete. Apelidado de "o maior soco da história", foi uma demonstração da precisão e do poder de Robinson. E o que dizer dos seus múltiplos combates contra Carmen Basilio, em que cada encontro foi uma batalha feroz pela supremacia na divisão de pesos médios? Cada combate, cada vitória e até cada derrota ajudaram a forjar a lenda de Robinson.

O seu impacto no boxe moderno

Quando se trata de impacto, poucos pugilistas podem afirmar que deixaram uma marca tão profunda como Sugar Ray Robinson. Antes dele, o boxe era muitas vezes uma questão de brutalidade e força bruta. Robinson mostrou que podia haver outro caminho: o da elegância, da estratégia e da técnica. Introduziu um novo estilo de boxe, que misturava a graça de uma bailarina com o poder de uma marreta. E não é exagero dizer que, sem Robinson, o desporto do boxe como o conhecemos hoje seria muito diferente.

Robinson foi uma fonte de inspiração para toda uma geração de pugilistas. Muhammad AliAli, indiscutivelmente um dos maiores depois de Robinson, mencionou muitas vezes a influência de Robinson na sua própria carreira. O estilo "flutua como uma borboleta, pica como uma abelha" de Ali tem as suas raízes nos movimentos de Robinson, na sua capacidade de combinar velocidade e precisão. Até pugilistas modernos como Floyd Mayweather Jr. e Manny Pacquiao foram influenciados, consciente ou inconscientemente, pelo que Robinson trouxe ao desporto.

Robinson também abriu caminho para uma nova forma de pensar a carreira de um pugilista. Foi um dos primeiros a compreender a importância de gerir a carreira como um negócio, negociando os contratos de forma a maximizar os ganhos, ao mesmo tempo que cuidava da reputação e da imagem. Este modelo foi seguido por muitos pugilistas depois dele, que viram Robinson não só como um modelo de sucesso no ringue, mas também fora dele.

O seu legado na cultura popular

Sugar Ray Robinson não era apenas um pugilista; era um ícone cultural. A sua influência estendeu-se muito para além do ringue. Nas décadas de 1940 e 1950, era uma figura glamorosa, frequentemente vista nos clubes de jazz do Harlem, rodeado de estrelas da música e do cinema. Conviveu com lendas como Billie Holiday e Duke Ellington, e a sua presença nestes círculos ajudou a torná-lo uma figura-chave da cultura afro-americana da época.

Robinson foi igualmente representado numa série de filmes e documentários, testemunhando o impacto que teve não só como pugilista, mas também como um ícone da cultura popular. O seu estilo, carisma e capacidade de cativar multidões inspiraram gerações de artistas, músicos e até escritores. Na música, por exemplo, é possível encontrar referências a Robinson em muitas canções de jazz e blues, onde é frequentemente citado como uma figura de força e resiliência.

Ainda hoje, a sua influência perdura. Nos videojogos de boxe, nas discussões sobre os maiores atletas de todos os tempos, o nome de Sugar Ray Robinson surge regularmente. Tornou-se um símbolo do que significa ser não só um grande desportista, mas também uma personalidade que transcende o seu desporto para se tornar uma lenda em todos os sentidos da palavra.

Os últimos anos da sua vida

A carreira de Robinson no ringue pode ter sido lendária, mas os seus últimos anos foram marcados por desafios igualmente impressionantes. Depois de se retirar do boxe, Robinson tentou fazer a transição para uma carreira no entretenimento. Abriu um clube noturno, fez algumas aparições em filmes e na televisão e até tentou a sua sorte no mundo do espetáculo. Mas, ao contrário da sua carreira de pugilista, os seus esforços para entrar nestas áreas tiveram pouco sucesso.

No entanto, estas tentativas mostram outro aspeto fascinante de Robinson: o seu desejo constante de se reinventar, de nunca se contentar em ficar parado. Mesmo depois de ter atingido o auge da fama como pugilista, continuava à procura de novos desafios, de novas formas de se definir. Infelizmente, o sucesso comercial nem sempre se verificou e as suas más decisões financeiras acabaram por o apanhar. No final da sua vida, Robinson sofreu de problemas de saúde, nomeadamente da doença de Alzheimer, que gradualmente mancharam os seus últimos anos.

Mas, apesar de tudo isto, o seu estatuto de lenda nunca vacilou. Robinson morreu em 12 de abril de 1989, deixando um legado que poucos podem igualar. O seu nome ainda é falado com respeito, o seu estilo ainda é estudado por aqueles que procuram compreender o que torna o desporto grande. Robinson não foi apenas um campeão no ringue, foi um campeão na vida, sempre pronto a enfrentar os desafios com a mesma determinação com que triunfou na arena.

Conclusão

Sugar Ray Robinson continua a ser um dos maiores nomes do boxe, um verdadeiro gigante cujo impacto ainda hoje se faz sentir. A sua vida, repleta de sucessos deslumbrantes e desafios pessoais, é um testemunho da resiliência, do talento e da motivação de um homem que subiu ao topo do mundo do boxe e deixou uma marca indelével. O seu legado mede-se não só em títulos e vitórias, mas também em inspiração para gerações de pugilistas e fãs. Sugar Ray Robinson não foi apenas um campeão; foi e continuará a ser uma lenda intemporal.

Fontes : Wiki do boxe

Ver também : Sítio Web oficial dos veteranos